Continuo acreditando que é necessário tempo e extenso vocabulário para refletir. Esclareço que não me refiro a um bocado de palavras sem justificativa ou a uma porção de palavras rebuscadas e não usuais. Falo do tempo como amadurecimento e de palavras que possibilitem o desenrolar de idéias.
Sem duvida, o motivo desta conversa, o tema que conduz este diálogo deve ter também a sua importância, ninguém deseja falar sobre algo que não nos apetece. Neste sentido, a carta dos amigos acerta em cheio, ela fala sobre medos contemporâneos. Dá para não se identificar? Medo da morte, da solidão, dos próprios limites... Cartas sobre amor e dor:
“Só ele (o amor) é capaz de nos livrar da morte definitiva, do esquecimento absoluto, porque nos reveste de memória, que será celebrada cada vez que formos recordados.” É o que sugere o Padre Fábio de Melo, um dos autores.
Gabriel Chalita (ex-secretario da Educação de São Paulo, membro da Academia Brasileira de Educação e da Academia Paulista de Letras.) falando sobre liberdade afirma que esta “faz com que cada um tenha o seu tempo de ruminação”. São muitas as divagações dos autores, sempre norteadas pela nobreza e fragilidade da vida humana.
Destaque para os poetas e filósofos referidos na obra, são inspirações em Adélia Prado, Nélida Pinõn, Cora Coralina, Hannah Arendt, entre outros. Fica claro no histórico de quem escreve, que a obra é repleta da moral cristã católica, mas isso não deve ser motivo para impedir sua leitura por aqueles que não simpatizam com a religião. Segundo os próprios autores: desejam criar pontes para chegar no outro! Vale a pena dar essa oportunidade.
IMAGEM: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipRpyIITePdgCQX-ieQBkSc9EzmDp9XFu5upmASpWOAufmBw3_gc9oxX7sgmZTwJ_Jth1HfHyybau7Dy9h7h9GnKjKzwMkH4yNQ_fyxHdARkcijhFyjB8DOPfeog88lgUKvRqyeWCDn-LF/s400/3_Cartas_entre_amigos_julho09%5B1%5D.jpg
Essa amizade tenho certeza que é para sempre pois nessa folha está todas as lrtras que uma amizade precisa ter
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