A filosofia grega, iniciada pelos grandes pensadores da escola jônica, buscava entender o porquê das coisas e principalmente, encontrar respostas às perguntas sobre quem somos, de onde viemos, e para onde vamos?
Esse passo inicial foi fundamental para que os homens buscassem através dos efeitos e dos sinais sensíveis que os circundam, iniciar a caminhada rumo a uma explicação sobre a origem e o termo das coisas, que não fosse de uma ordem sensível, material, mas que pudesse ser de uma causa transcendente, metafísica.
Com Aristóteles, o passo inicial empreendido pelos ELEATAS tomou seu curso rumo a uma investigação sempre mais minuciosa acerca do SER, palavra essa utilizada pela primeira vez, pelo eleata Parmênides. Anaxágoras será o primeiro pré-socrático a considerar a existência de uma inteligência não sensível, responsável por gerir e ordenar a perfeição de todas as coisas.
Assim, deu-se início a uma busca sempre mais incessante por respostas que viessem a complementar esse ser de infinitas respostas que é o homem. O passo mais significativo rumo a inauguração da metafísica como ramo propriamente dito da filosofia, deu-se com o Estagirita, famosamente tido por Aristóteles.
Esse começo de explicações que não se fundassem apenas no material, mas que encontrasse suas razões últimas no imaterial, no metafísico, proporcionou que os homens pudessem ser vistos como seres que ultrapassavam os limites do material, e possuem em si algo de imaterial, a qual foi denominada ALMA.
Infelizmente, algo faltava ao conhecimento grego que lhes permitisse alcançar uma idéia racional precisa para explicar a existência das coisas. Para isso, era preciso que os gregos tomassem noção de um conceito que até então era de posse exclusiva do povo hebreu: essa noção era justamente a idéia de criação. Com a expansão do império romano, e a inevitável diáspora dos povos, houve um intercâmbio de cultura e conhecimento entre vários povos que habitavam terras dominadas pelos romanos. Foi justamente esse intercâmbio, recheado de uma nova religião denominada cristianismo, sobre forte influência da religião judia, que nasceu uma “nova” metafísica, onde aquele Deus grego, ordenador, inteligente, mas que se mantinha indiferente as coisas que existiam, se torna não só um Deus pessoal, que pensa e quer, mas um Deus Criador.
É aqui que entra a figura da patrística, que irá dominar o pensamento na idade medieval, tendo como bases principais Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, os quais darão, através do uso da razão, um aperfeiçoamento a nascente religião cristã, onde obrigatoriamente fé e razão terão de subsistir juntas.
Com Agostinho de Hipona teremos o florescer de uma nova maneira de metafisicamente ver a essência do homem. Deixaremos para o próximo texto, a esplêndida contribuição agostiniana para o desenvolvimento da metafísica, e seu reflexo até a modernidade.
Esse passo inicial foi fundamental para que os homens buscassem através dos efeitos e dos sinais sensíveis que os circundam, iniciar a caminhada rumo a uma explicação sobre a origem e o termo das coisas, que não fosse de uma ordem sensível, material, mas que pudesse ser de uma causa transcendente, metafísica.
Com Aristóteles, o passo inicial empreendido pelos ELEATAS tomou seu curso rumo a uma investigação sempre mais minuciosa acerca do SER, palavra essa utilizada pela primeira vez, pelo eleata Parmênides. Anaxágoras será o primeiro pré-socrático a considerar a existência de uma inteligência não sensível, responsável por gerir e ordenar a perfeição de todas as coisas.
Assim, deu-se início a uma busca sempre mais incessante por respostas que viessem a complementar esse ser de infinitas respostas que é o homem. O passo mais significativo rumo a inauguração da metafísica como ramo propriamente dito da filosofia, deu-se com o Estagirita, famosamente tido por Aristóteles.
Esse começo de explicações que não se fundassem apenas no material, mas que encontrasse suas razões últimas no imaterial, no metafísico, proporcionou que os homens pudessem ser vistos como seres que ultrapassavam os limites do material, e possuem em si algo de imaterial, a qual foi denominada ALMA.
Infelizmente, algo faltava ao conhecimento grego que lhes permitisse alcançar uma idéia racional precisa para explicar a existência das coisas. Para isso, era preciso que os gregos tomassem noção de um conceito que até então era de posse exclusiva do povo hebreu: essa noção era justamente a idéia de criação. Com a expansão do império romano, e a inevitável diáspora dos povos, houve um intercâmbio de cultura e conhecimento entre vários povos que habitavam terras dominadas pelos romanos. Foi justamente esse intercâmbio, recheado de uma nova religião denominada cristianismo, sobre forte influência da religião judia, que nasceu uma “nova” metafísica, onde aquele Deus grego, ordenador, inteligente, mas que se mantinha indiferente as coisas que existiam, se torna não só um Deus pessoal, que pensa e quer, mas um Deus Criador.
É aqui que entra a figura da patrística, que irá dominar o pensamento na idade medieval, tendo como bases principais Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino, os quais darão, através do uso da razão, um aperfeiçoamento a nascente religião cristã, onde obrigatoriamente fé e razão terão de subsistir juntas.
Com Agostinho de Hipona teremos o florescer de uma nova maneira de metafisicamente ver a essência do homem. Deixaremos para o próximo texto, a esplêndida contribuição agostiniana para o desenvolvimento da metafísica, e seu reflexo até a modernidade.
Vitor Oliveira (21 anos) é seminarista da arquidiocese de Belo Horizonte, neste ano de 2010 cursará o terceiro ano de Filosofia no Instituto de Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa.
Bacana. Interessante como na época da Grecia antiga, ao meu ver, tudo aquilo que nao era explicável era atribuido a mitologia grega com seus deuses e outras figuras.
ResponderExcluirÓtimo texto!!
Abçs!!!
isso mesmo, a missão da razao era justamente explicar as coisas sem usar o mito...
ResponderExcluirBom, Muito bom o texto! Gostei desse intercâmbio, o livro que to lendo, fala sobre o assunto mas bem por cima. o texto realmente é muito bom.
ResponderExcluirmas eu tenho uma contestação, atualmente to acreditando somente nos meus sentidos. Nada fora disso, mas ñão abro mão de que realmente possa existir "uma força superior" que talvez essa força seja o próprio mundo com seu ciclo, ou o próprio universo.. Mas essa é uma resposta que uso para não ter que pensar no "impensável" que é tudo o que envolve crenças em milagres e coisas nesse sentido. Não acredito, que a fé, possa ser explicada pela razão... é assim que penso, a fé é algo mais profundo, mais pra frente, algo que se meus sentidos não podem me ajudar.. então deixa, mas não confio que a fé seja explicada pela razão. é um ponto de vista... apesar desse não ser o ponto tres do nosso amigo Danilo... estou expondo o meu!!!
muito interessante a sua colocação, porque realmente já tentaram explicar a fé com a razão, e mesmo havendo lógica, as vezes não é o sufiente ou não atinge a todos... Mas fico com aqueles que afirmam que a fé chega onde a razão não consegue chegar... A razão é necessária, útil e muito importante (qto a isso ninguem tem dúvida), mas a fé é aquela que dá o sentido quando a razão perdeu forças na sua busca... As duas se reclamam mutuamente, se ajudam e impulcionam
ResponderExcluirMuito didático seu post, parabéns!
ResponderExcluirSeria interessante aprofundar melhor a relação entre a metafísica aristotélica e a agostiniana, daria um ótimo texto.
s. agostinho será o proximo contemplado... esse texto tem parte II
ResponderExcluirEsse texto tem parte II. E já esta em fase de preparação. Fico feliz ao saber que meu humilde texto tenha provocado respostas; espero que nesse debate filosófico, possamos todos nós engradecer-nos sempre mais. Um com o outro, contribuindo para uma busca sempre incansável, tarefa eminente da filosofia, para entender o mundo que nos cerca e a nossa existência!
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