Antes mesmo de a Antropologia ser um estudo independente, os filósofos já se preocupavam em saber quem era o homem, qual a sua posição nesse mundo e o que lhe fazia diferente dos animais.
Foram os Sofistas, filósofos pré-socrático, que deslocaram o interesse da Filosofia da natureza para o homem. Desde de o principio do filosofar humano (independente da filosofia em si, já que reparamos esse interesse também nas religiões antiqüíssimas), o homem percebeu que mais complexo do que o lhe cerca é si próprio.
São muitos os temas que nesses longos séculos encheram as mentes sedentas por respostas: a corporeidade humana, a existência da alma, a origem do homem, seu fim último, entre outros.
Correntes materialistas defenderam a visão do homem máquina, pensadores iluministas acreditaram na igualdade, liberdade e fraternidade humana. Alguns gritaram a importância e preciosidade do corpo, elegendo o pudor como arma de defesa. Outros afirmaram a existência da alma, condenando as ações que podem fazê-la perecer e identificando nela a ponte para o transcendente. Em sua maioria, os defensores de tais teses abraçavam suas hipóteses sem ter tempo de olhar ao lado...
A modernidade, talvez cansada de teses, transgrediu todas as regras. Depois de tanto se abraçar em aspectos optou por desacreditar de todos... A onda materialista nos fez desejar demais, até sermos consumidos por novos vírus e novas doenças psíquicas. A onda espiritualista fez surgir diversas seitas que tiraram os pés dos homens do chão e algumas resultaram em suicídios coletivos. A revolução por ideais “iluministas” parece não ter conseguido atingir mais do que a minoria abonada, muitos ainda continuam diferentes, presos e exilados...
Contudo, depois da experiência milenar, a humanidade parece olhar para si própria, para cada individuo, como um ser holístico. Não menosprezando a complexidade humana, mas as hipóteses teorizadas nos parecem hoje parte do todo, ao menos a parte já descoberta. O homem é tudo isso: corpo, alma, partes que montam um complexo inteiro, é igualdade, necessita da fraternidade e por excelência é livre. Não há duvidas de que todo o Globo terrestre ainda não compreendeu isso e o homem ainda é olhado por um aspecto em diversas partes do mundo. Principalmente se formos considerar as diferentes culturas que influenciam na formação cada individuo. Mas, é importante acreditar em uma poderosa arma que deve ser comunicada nesse mundo globalizado: a tolerância. E se o estudo, a intelectualização da natureza, não for para uma vida melhor então não vale de nada.
IMAGEM: Homem Vitruviano - Leonardo da Vinci, 1490
http://static.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/08/homemvitruviano.jpg
E verdade!
ResponderExcluirtoda maneira evolutiva ,que nao equivale para um progresso construtivo diga-se de passagem que e o inicio de retroceder.