terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Auguste Comte (1798-1857)


Nasceu na França, em 1798. Tinha complexos laços familiares, acusava a família de avareza e a mãe lhe era apegada de forma extremada.
Estudou na Politécnica de Paris (escola de engenharia, fruto da Revolução Francesa e da ciência/técnica). Lá recebeu influência de Lagrange (com a Mecânica Analítica), em quem inspirou-se para abordar os princípios de cada ciência segundo uma perspectiva histórica.
Sofreu influência dos “ideólogos”, leu os teóricos da economia, filósofos e historiadores. Estudou Condorcet (Esboço de um Quadro Histórico dos Progressos do Espírito Humano – traça um quadro sobre o desenvolvimento da humanidade, ciência e tecnologia fazem o homem caminhar para a organização social e política), ao qual chamou de predecessor.
Teve intima ligação intelectual com Saint-Simon, onde desenvolveu sua concepção das ciências políticas. Casou-se com Caroline Massin (1824). Publicou o Curso de Filosofia Positiva ou Tratado de Sociologia, instituindo a religião da humanidade (1851 a 1854), Catecismo Positivista ou Exposição Sumária da Religião Universal (1852).
Comte propunha uma completa reforma intelectual do homem.
O sistema comteano estruturou-se em torno de três temas básicos:

1º Filosofia da História: apresentando a filosofia positiva, e explicitando o porque ela deve imperar.
2º Fundação e classificação das ciências baseadas na filosofia positiva.
3º Uma sociologia que determinando a estrutura e os processos de modificação da sociedade permitissem a reforma prática das instituições. Acrescenta aqui a forma religiosa proposta por ele.

Lei dos três estados
(evolução diacrônica no tempo, racionalização da visão do mundo)

A Lei dos Três Estados foi proposta por Comte e consiste em analisar a história de acordo com a filosofia positiva, segundo ele a sociedade passava por três estados (de forma diacrônica):
Estado Teológico = onde o homem encontrava explicações através da crença. Este teve três períodos: Fetichismo (o homem dava poder as coisas), Politeismo (dava personalidade aos diversos deuses) e Monoteísmo (todos os poderes em um único Deus).
Estado Metafísico = assim como o monoteísmo, busca a origem e o fim último (busca as causas), porém substitui a imaginação por argumentos e Deus por “forças”.
Estado Positivo = o cume de todas as ciências, não busca mais as causas, mas as leis que regem os fenômenos. O que vale aqui é “ver para prever”, é a observação.

Como podemos perceber a sociedade, segundo Comte, passa de um estágio para o outro. Ele propôs uma reforma intelectual do homem, e através desta, a reorganização de toda a sociedade (a sociedade conduziria a política). Baseado nisso formulou uma nova religião, criando um catecismo, cujo a idéia central residia na substituição do Deus cristão pela humanidade.

O Material acima produzido e aqui publicado é resultado de anotações de aula e material recolhido em apostilas de professores. Para informações mais completas consulte uma obra especifica.

Um comentário:

  1. bacana o texto, nao conhecia o camarada. chamou atenção a coisa que ele fala sobre org. social e politica. Agora essa estoria de "positivismo" ja vi isso noutros veroes e ta pra nao da certo, ai ele TaPoh Fora!(como diz la na BA). Gilson seu texto conta sobre o pensamento de um fulano com uma personalidade rica.

    falto com as referencias rapaiz!! voce deve ter lido sobre elas nos seus cadernos, passa ai. grande abraço;

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